domingo, 8 de maio de 2011

Atacama - Chile (Primeira parte)

Aqui no Chile, já tivemos muitas experiências antes dessa. Mas, como citei no primeiro post, o motivo maior para a inauguração do blog foi a viagem que eu (Ana) e a Gerusa fizemos ao Atacama.

Para quem não sabe, o Atacama é o deserto mais alto e mais árido do mundo. Está a aproximadamente 2.500 metros de altitude e, em alguns pontos, há evidências de nunca ter chovido. Com paisagens exuberantes, este é um lugar que merece ser conhecido. Parece outro mundo, abandonado, com areia, pedras e montanhas para qualquer lado que se olhe. Este outro mundo está na América Latina, e está ao nosso alcance.

A viagem surgiu através de uma empresa que organiza programas para os intercambistas que estão em Santiago. A empresa se chama Santiago Exchange e é administrada por dois comunicativos rapazes, o Sebastián e o Valentin, que além de organizar, sempre acompanham todos os grupos nestas aventuras (não são bobos nem nada...). No grupo desta viagem havia gente de todo lado: México, Alemanha, Guatemala, Espanha, Chile, Brasil, EUA...
Foram quatro dias de viagem. Ficamos hospedadas em um hostel na cidade de San Pedro do Atacama, chamado Incahuasi. Todo rústico e simples. Os banheiros eram compartidos, com banhos alternados entre quente e frio, e a porta do quarto era fechada a cadeado. A cozinha era liberada, desde que fosse deixada limpa depois. Havia também bicicletas disponíveis para os hóspedes passearem pelos arredores de San Pedro. A simplicidade das pessoas e a organização dos passeios que eles oferecem nos fez gostar e recomendar. Se você for ao Atacama, vá ao Incahuasi! hahahaha

Bom, para começar, saímos de Santiago às 03h30 da madrugada de sexta-feira. Chegamos em Calama, já no Atacama, às 07h da manhã. Saímos do avião e nos deparamos com um FRIO do caramba! Um vento forte e gelado que endureceu até a alma. Depois, fomos para a van da empresa do hostel, que fez nosso transfer até San Pedro. Duas horas de viagem, chegamos ao destino. As árvores surgem no meio do nada, e o deserto ganha vida. A cidade é toda em estilo atacamenho. É lei que todas as construções sejam no estilo rústico, em prol do turismo. Instaladas no hostel, saímos dar uma volta pela cidade e tirar algumas fotos.






Igreja de San Pedro de Atacama


À tarde, já um pouco descansados, partimos para o tour do primeiro dia. Começamos pelo lindo Vale de la Luna, onde nosso guia explicou que as formações rochosas são por causa da erosão, oscilação de temperatura e também pela constante movimentação da Cordilheira dos Andes, que é a mais jovem do mundo, com 15 mil anos. No Atacama também está a Cordilheira del Sal, com 45 mil anos.


Vale de la Luna


Seguindo o passeio, fomos visitar o Vale del Marte, que é chamado erroneamente de Vale de la Muerte. A história é a seguinte: um fracês foi lá e deu o nome pro lugar de Vale del Marte pelo mesmo motivo do de la Luna - a aparência. Mas a finalização das palavras foram confundidas e trocadas, e acabou acontecendo isso. Ao redor do Vale, há pelo menos 50 vulcões, sendo um deles ativo. Ao todo, o Chile possui 1500 vulcões. Um deles se destaca na maioria das paisagens do deserto: o Licancabur, que está na fronteira entre Chile e Bolívia. Segundo nosso guia, no pico do vulcão se encontra a lagoa mais alta do mundo.
Caminhamos cerca de 40 minutos por cima do "cânion" do Vale del Marte. Até que... surpresa! Uma duna grande, fresca, fofa. Conselho do guia: "Tirem os calçados e desçam por aqui. Vocês não vão se arrepender". Pois bem, não me arrependi! Sensação muito gostosa afundar os pés na areia. Relaxante.


Vale del Marte visto de cima

Ge e eu caminhando na duna

Foi por aí que caminhamos...

Vulcão Licancabur

Afundando os pés na duna

Vale del Marte visto da metade da duna

Já no fim da tarde, voltamos ao Vale de la Luna apreciar um maravilhoso pôr-do-sol de cima de uma enorme duna. Que espetáculo de luzes. A vista das montanhas mudando de cor conforme o sol vai embora é incrível.


Pôr-do-sol no Vale de la Luna

Para finalizar, já ao anoitecer, fomos caminhar com lanternas dentro de Grutas Salares. Umas passagens estreitas e difíceis entre paredes de sal, algumas vezes em forma cristalizada, transparente como o vidro. Ao sair da caverna.. uau! Estávamos em cima da pequena montanha, e nos deparamos com um céu COMPLETAMENTE estrelado. Infinito. Foi um momento de reflexão e, inevitavelmente, alguma emoção surgiu em cada um de nós.

Simplesmente inesquecível.

Obs: não temos fotos do sal nem das estrelas, pois não queríamos estragar aquele momento com flashs e câmeras.

Em breve posto o que aconteceu no segundo dia. Tem muita história pra contar!

4 comentários:

  1. ótimo post ana; fui lendo e imaginando passo a passo :)

    si cuidaa
    beijos

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  2. Meeeninaas...muito legaal o blog de vocêês =D
    Paisageens maravilhosas essas..estamos morrendo de saudadees de vocês..aproveeiteem muitooo..beijoos

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  3. Olá meninas!
    Adorei a iniciativa de vcs, fazer um blog relatando os acontecimento "en Chile".
    Parabéns, continuarei acompanhando. Sorte para todas

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